segunda-feira, 23 de junho de 2014

JOVEM DE IMBITUVA APRESENTA SUA EXPERIÊNCIA NO DEBATE “CULTURA E GERAÇÃO DE RENDA NO CAMPO”, NA FEIRA RENDA-SE EM BRASÍLIA/DF




O artesanato tem uma profunda relação com o meio rural entre o trabalho na agricultura e as atividades domésticas. As mesmas mãos que produzem alimentos, são as mãos que resgatam culturas, os dedos que fertilizam o solo seguram firme as agulhas, inventando formas, agregando novas cores, depositando identidade naquilo que é produzido. Detentoras de um saber tradicional, estas mulheres transmitem conhecimentos de geração em geração. Mas além do lazer, da manutenção da cultura, o artesanato pode se tornar uma atividade lucrativa. Diante deste contexto Juciele Gatto, moradora da comunidade de Bela Vista do Carmo, município de Imbituva fez uso de sua vocação e transformou seus produtos artesanais em crochê em negócio.
Diante deste contexto Juciele participou do debate promovido pelo Instituto Souza Cruz em Brasília no último dia 13/06 juntamente com a pesquisadora Macao Goes, coautora do livro “Que boneca é essa? Corte e recorte de mestras brasileiras”.
 A jovem foi orientada no ano de 2012 e elaborou seu projeto de “Artesanato em Crochê”, na ocasião participava da formação do Programa Empreendedorismo do Jovem Rural, implementado pelo CEDEJOR. Em 2013 voltou para o Centro de Formação para participar do Programa Novos Rurais e com o apoio recebido ela implantou em sua propriedade o Ateliê BELARTES”: Produtos artesanais em crochê, hoje sua propriedade é uma Unidade Demonstrativa, referência em sua comunidade e município.

Em relação às atividades não agrícolas elas são decisivas para o desenvolvimento rural. Dentro da formação oferecida pelo Cedejor há um estímulo imenso no que compete a esse tipo de atividades, contextualizada ao novo rural. A atividade não-agrícola não é a negação da agricultura como meio de vida e de trabalho nos espaços rurais. Ao contrário, representam uma possibilidade, compreendida como estratégia econômica, para a geração de trabalho e renda e manutenção da atividade agrícola. Para os jovens, o empreendimento não-agrícola pode representar a possibilidade de revisão de seu pertencimento à Unidade Familiar.